quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

1000 mensagens. E depois?

Conversar no Tinder é muito bonito, especialmente quando estou no conforto do meu leito em cuecas de elástico desgastado ao invés das minhas belas fotos Tinder em tons de caramelo do Verão passado. 

Mas quando a conversa já vai avançada em tons de "algo sério", chega o derradeiro momento de arrastar o real traseiro para o dito café.

Para quem já vai com algum andamento em cafés pós flirt virtual, isto já se torna o "pão nosso de cada dia" e já conseguimos poupar uns bons trocos no Pingo Doce no final do mês com as refeições gentilmente pagas.


Para quem é iniciado, geram-se algumas ingénuas borboletas minutos antes do encontro. Será o homem da minha vida? Alto como uma torre? Bom porte? Educado? Terá sentido de humor? Sorriso bonito?

Na hora H, as borboletas rapidamente apercebem-se que mais valia terem ficado em modo lagarta. Dentes amarelo-canário, tiques de coça-tintins, gargalhadas acompanhadas de sons aporcalhados. Uma panóplia de visões de príncipe encantado. 

Felizmente, em cada 150 cafés, e já com a expectativa de encontrar o próximo corcunda de Portugal, há um. Aquele café. E depois do historial quase desesperante, é agarrar com unhas, dentes e mensagens psicopatas obsessivas até enganá-lo a casar.

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